Os Mutantes (Sérgio Dias, Rita Lee e Arnaldo Baptista), grupo formado em São Paulo nos anos 60, que se consagrou por sua postura de deboche e irreverência – além de sua extrema criatividade, tanto musicalmente quanto por suas letras inovadoras – na então insipiente cena do rock brasileiro, o qual se desenvolveu paralelamente a outro movimento revolucionário da MPB, o Tropicalismo, é considerado um marco histórico na música brasileira.
Em 1968 gravam o clássico LP “Tropicália ou Panis et Circensis” na companhia de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Tom Zé e Nara Leão e, um ano depois, apresentam o antológico show “Planeta dos Mutantes”, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro. Em 1972 lançam “Os Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets”, com um dos maiores sucessos de sua carreira, a “Balada do Louco”. O grupo é citado como definição da palavra mutantes na enciclopédia Delta La Rousse, tendo recebido a comenda Padre Anchieta outorgada pela Câmara Municipal de São Paulo.
Em 2006, retornando com uma formação diferente da original (sem Rita Lee), Os Mutantes apresentam um show no Barbican Theatre em Londres, com a participação de Zélia Duncan nos vocais. Logo após, fazem uma tournée nos EUA (Nova York, Los Angeles, San Francisco, Seatle, Chicago e Miami), onde recebem o premio de melhor show do ano de 2006. Em 2007, tocam pela primeira vez no Brasil após 30 anos, no aniversário da Cidade de São Paulo, em frente ao Museu do Ipiranga, para um publico de 100.000 pessoas. Após diversos shows no Brasil, EUA e Europa, Os Mutantes chegam a merecer a primeira página do NY Times, na qual Sérgio Dias é comparado a Eric Clapton e Carlos Santana.
POST-SCRIPTUM:
Hoje (13 de julho) é o "DIA DO ROCK", pessoal! Sério!!!
Portanto nada melhor do que 'curtir' a pioneira e uma das melhores bandas do rock brasileiro experimental, que flertava despudoradamente com a MPB, bem como com outras sonoridades mais 'exóticas' e surpreendentes...
'Ladies and gentlemen', com vocês:
OS MUTANTES!
BALADA DO LOUCO
(Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias)
Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz
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