quinta-feira, 6 de março de 2014

O ATO ANALÍTICO (5)




[Trecho extraído do livro 'short story: os princípios do ato analítico', de Graciela Brodsky, publicado pela Contra Capa Livraria]


Aonde tudo isso nos leva?

"(...) suponhamos o ato analítico a partir do momento seletivo em que o psicanalisante passa a psicanalista".

Isso quer dizer que o ato de que se trata agora não é o de César atravessando o Rubicão. Agora, César é o analisante e o Rubicão, o momento em que diz: "Sou psicanalista". 


É disso que se trata. Antes, era analisante, paciente; agora, analista. Não tem nada a ver com o exercício profissional, com o exercício da psicanálise como prática social.

É um instante, um instante que só se deduz de uma análise, um instante em que se muda de posição. É isso o que Lacan interpreta para dizer à comunidade analítica que o analista se esquece desse momento.


Há, portanto, algo fatalmente difícil para um analista em dizer "sou". De modo geral, a comunidade leiga também lhe cobra essa definição: você é psiquiatra, psicólogo, pode dar receitas? Ela não tem de saber o que é um analista, mas há problemas quando o próprio psicanalista não sabe.

Esse momento em que poderia dizer "sou analista" está, como diz Lacan, "esquecido".



POST-SCRIPTUM:

E então? Não tem certeza de nada? Não sabe o que fazer de sua vida? Tudo parece inútil e sem sentido? Qual o objetivo disso tudo?

Cruze o Rubicão: seja seu próprio analista!

E relaxe fumando um 'baseado' do bom, ao lado de companhias agradáveis, uma garrafa de vinho e música de qualidade...

(Se não for possível ter todos esses itens ao mesmo tempo não tem problema: um ou dois já são suficientes)

Quem sabe você não se surpreende?

DEPRESSÃO



O indivíduo é acometido por uma tristeza profunda. O que antes era sinônimo de prazer passa a não ter mais importância. Falta disposição para tudo - trabalho, família, lazer, a pessoa perde a disposição de viver.

Projetada para ser a segunda causa de incapacitação na população mundial em 2020, a depressão, um distúrbio médico, crônico e recorrente, hoje ocupa o quinto lugar entre as causas de incapacidade por doença, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).



O tratamento consiste na combinação da farmacoterapia (antidepressivos combinados ou não com ansiolíticos ou calmantes) com aporte da psicoterapia, com tempo definido e limitado. Um grande avanço no tratamento da depressão foi o desenvolvimento dos inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS).

A depressão altera a função das substâncias cerebrais serotonina e noradrenalina - responsáveis pelo equilíbrio emocional.  O medicamento vai modificar a maneira como o cérebro produz e aproveita essas substâncias, sendo que o mais conhecido é a fluoxetina. Os efeitos colaterais são menores do que os dos remédios anteriores.

 


POST-SCRIPTUM:

Estamos acostumados a pensar que depressão não é doença grave, mas a verdade é que ela leva à incapacidade e afeta a qualidade de vida de forma mais grave do que muitas doenças que têm risco maior de morte.

PIADA NATALINA FORA DE ÉPOCA



Uma senhora levou a filha de 17 anos ao médico, queixando-se de que a jovem andava com vômitos, tonturas e que tinha perdido o apetite. O médico, que observava a menina, concluiu: 

- Minha senhora, a sua filha está grávida de três meses!

- A minha filha? Ela nunca esteve sozinha com um homem! Não é verdade, filha?

- Eu nem beijei ainda, mãe!

O médico armou-se de um binóculo que tirou da gaveta, aproximou-se da janela e ficou calado, olhando para o infinito.

Após alguns minutos, a mãe, admirada e farta, perguntou ao médico o que se passava. E o médico respondeu:

- Da última vez em que isso aconteceu, nasceu uma estrela no Oriente e chegaram três reis magos. Desta vez não vou perder o espetáculo!


POST-SCRIPTUM:

Tava guardando essa pra quando o Natal chegasse, mas não resisti. Bwa-ha-ha!