domingo, 25 de setembro de 2011

20 ANOS DE 'NEVERMIND'




Há 20 anos, no dia 24 de setembro (dia do meu aniversário, modéstia à parte) de 1991, era lançado o álbum NEVERMIND, da banda americana NIRVANA, que seria apenas mais um disco de rock independente se não fosse pelo fato de ter revolucionado o 'mainstream' da época, tirando Michael Jackson do topo das paradas e colocando o 'grunge' melancólico e a cidade de Seattle no centro do mundo.



Desde o seu lançamento, Nevermind já vendeu mais de 30 milhões de cópias, tendo sido citado, recentemente, pelo jornal inglês 'The Guardian', como um dos eventos mais importantes da história do rock.




Nevermind foi o segundo trabalho de estúdio da banda Nirvana, e serviu de trilha sonora para toda uma geração, por meio de músicas como Lithium, Come As You Are, Bloom e principalmente Smells Like Teen Spirit. 




Na formação desse registro histórico estavam o cantor e guitarrista Kurt Cobain, o baixista Krist Novoselic e o baterista David Grohl (atualmente líder, cantor e guitarrista dos Foo Fighters). O Nirvana se desfez após o suicídio de Cobain, aos 27 anos, em 1994.




Entre as várias homenagens mundiais ao vigésimo aniversário de Nevermind, merece destaque o relançamento do álbum em uma versão remasterizada e uma edição de luxo, com raridades e 'remixes' em 4 CDs e um DVD.




O Nirvana chegou a se apresentar no Brasil em 1993, onde deixou milhares de fãs desconsolados com o fim trágico da banda. E, passados vinte anos de Nevermind, a nova geração do rock continua celebrando o famoso disco do trio.    

  
POST-SCRIPTUM:





LITHIUM
(Kurt Cobain)


I'm so happy
'Cause today I've found my friends
They're in my head
I'm so ugly but that's okay,
'Cause so are you, we broke our mirrors
Sunday morning is everyday
For all I care and I'm not scared
Light my candles in a daze
'Cause I've found God
Yeah,Yeah (x7)

I'm so lonely, but that's ok
I shaved my head and I'm not sad
And just maybe I'm to blame
For all I've heard, but I'm not sure
I'm so excited
I can't wait to meet you there, but I don't care
I'm so horny
But that's okay, my will is good
Yeah,Yeah (x7)

(x2)
I like it - I'm not gonna crack
I miss you - I'm not gonna crack
I love you - I'm not gonna crack
I killed you - I'm not gonna crack

I'm so happy
'Cause today I've found my friends
They're in my head

I'm so ugly but that's okay,
'Cause so are you, we broke our mirrors
Sunday morning is everyday
For all I care and I'm not scared
Light my candles in a daze
'Cause I've found God
Yeah,Yeah (x7)

(x2)
I like it - I'm not gonna crack
I miss you - I'm not gonna crack
I love you - I'm not gonna crack
I killed you - I'm not gonna crack



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

OLHAR LOCAL, OLHAR GLOBAL



Pois é. Não bastassem os problemas pessoais - ganhar dinheiro e aturar a ex-mulher, por exemplo, entre outros menos cotados - que me levam (e a qualquer um, com certeza) a ficar de 'saco cheio', não faltam notícias absurdas no Brasil e no mundo para contribuir com a sensação de pessimismo generalizado, descontando-se algumas honrosas exceções.



Aqui no Rio, pra começo de conversa - e este é um começo dos mais inofensivos - o meu Flamengo, depois de uma campanha exemplar, passou a perder seguidamente e agora praticamente não tem chances (1%) de ganhar o Campeonato Brasileiro. E isto pouco tempo depois de uma partida memorável contra o Santos (que inclusive elogiei aqui no meu 'blog'). Acho que sou 'pé-frio'...



Por outro lado - e este sim é um lado realmente triste e vergonhoso - o Rio de Janeiro, apesar de continuar lindo, tem sido palco de tragédias e quase tragédias que poderiam e deveriam ser evitadas. Além dos bueiros que continuam explodindo, ferindo pedestres e destruindo propriedades - sem que até agora tenha-se apurado os devidos responsáveis -, tivemos há pouco tempo o caso do bondinho de Santa Teresa (um bairro onde já morei e que adoro, tendo usado o mesmo bondinho inúmeras vezes, inclusive na companhia de minhas filhas pequenas), que aparentemente perdeu o controle dos freios e sofreu um acidente lastimável, causando mortos e feridos.





Acidente este que, para variar, ainda não foi devidamente esclarecido quanto a suas causas efetivas, existindo fortes indícios de que houve negligência e descaso das autoridades com relação à manutenção do veículo, o que, se comprovado, é um verdadeiro absurdo, em se tratando de um patrimônio histórico da cidade e que atrai turistas tanto do Brasil quanto do resto do mundo.   



Entre outros problemas menos badalados - mas não menos importantes - temos tido, ainda aqui no Rio, diversas greves reivindicatórias que, apesar de justas em sua origem, têm causado transtornos à população, como foi o caso dos bombeiros e, mais recentemente, dos bancários, dos correios e dos professores da rede pública.  



Voltando aos casos trágicos e sinistros, assistimos ontem mesmo à história do menino de 10 anos, em São Paulo, que deu um tiro na professora com a arma do pai, policial municipal, e depois suicidou-se com um dispara contra a própria cabeça. Putz! Se bem que este não seja um caso único ou inédito: episódios em que crianças ferem-se ou mesmo matam-se (ou a irmãos ou colegas) com armas pertencentes aos pais não são raros no Brasil. 



Este caso do garoto, entretanto, tem um componente macabro que lembra aquele do psicopata de Realengo (no Rio), há algum tempo atrás, e nos deixa a todos, novamente, com uma sensação de total perplexidade, superada apenas pela constatação da urgente necessidade de um maior controle das armas de fogo pelas autoridades.




Autoridades essas que, em muitos casos, estão infiltradas por bandidos, como é o caso da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ultimamente, facções de policiais corruptos que controlam a cidade através de 'milícias' tem se sentido tão seguras de sua impunidade que um destes grupos não hesitou em assassinar a juíza Patrícia Acioli com 21 tiros (!), uma vez que ela ameaçava desbaratar suas atividades criminosas e levar vários de seus membros à prisão. Espera-se ainda o esclarecimento do caso pela justiça e a punição exemplar dos culpados. 





(Pelo menos por aqui ainda não nos tiraram a liberdade de expressão e o direito de reclamar...)  



Agora, perplexidade mesmo e até incredulidade foram causadas pelo absurdo atentado terrorista na Noruega, há algumas semanas atrás, provocado por um louco que matou várias pessoas apenas para expor seu ponto de vista fascistóide e racista. 



Ainda no palco internacional, cabe dar os parabéns aos EUA por finalmente localizarem o líder terrorista Osama Bin-Laden, apesar de, pelo menos neste item, eu concordar com certas opiniões que advogam que o mesmo deveria ter sido levado a julgamento. Porém, pensando melhor, os desdobramentos de uma execução pública - ainda que como consequência lógica de um julgamento imparcial - seriam de tal forma problemáticos que talvez a melhor solução tenha sido mesmo aquela implementada pelos militares americanos.




De qualquer maneira, isso já é notícia velha: recentes, mas muito mais preocupantes, são as que nos falam das pretensões palestinas a um estado reconhecido pela ONU sem a concretização de um acordo de paz duradouro com Israel (das duas, uma: tal iniciativa pode levar a uma escalada no conflito palestino-israelense ou então - o que seria ótimo - os caras acabam finalmente se entendendo) e o discurso do senhor Mahmoud Ahmadinejad no plenário daquelas mesmas Nações Unidas disparando acusações contra o Ocidente, sem nenhuma moral para isso, diga-se de passagem, haja vista a situação dos direitos humanos no Irã.






Para completar o panorama, a situação econômica mundial deteriora-se a passos largos, com a possível falência dos EUA, do Japão e da União Européia avizinhando-se no horizonte, enquanto organizações e grupos criminosos infiltram-se nos altos escalões de praticamente todos os governos do mundo (alguém duvida que Silvio Berlusconi ou Vladimir Putin, por exemplo, não passem de mafiosos engravatados?), controlando-os com vistas a seus interesses particulares, incluindo-se aí a Rússia, a China, a Índia, a Itália, o Japão e quantos mais se puder imaginar, dada a quantidade de denúncias de corrupção e de fraudes de todos os tipos perpetradas por seus líderes e representantes, eleitos ou não. E não nos esqueçamos do Brasil de Sarney & Cia., o qual ocupa, se não o primeiro, pelo menos um lugar de destaque neste 'ranking'.




Mas eis que um fato novo vem trazer alguma esperança e otimismo a um cenário internacional tão sombrio: a 'primavera árabe'. Tunísia, Egito e Líbia - e, esperamos, num futuro próximo, também a Síria, a Argélia, a Jordânia, o Iêmen, o Marrocos, a Arábia Saudita, o Líbano e outros - inauguraram uma nova era política no Oriente Médio e Norte da África que, com certeza, deverá mudar inexoravelmente o equilíbrio de forças naquelas regiões, assim como para melhor a qualidade de vida de suas populações - que Allah nos ouça! -, o que deve acontecer assim que governos democráticos e, principalmente, orientados por princípios laicos (ao contrário de certas ditaduras religiosas comandadas por aiatolás, por exemplo) assumirem o poder. Fico daqui na torcida.




Por fim, no meio de toda essa 'zorra', não podemos esquecer que a Copa do Mundo da Fifa está chegando e, como sempre acontece no Brasil em tais situações, as obras relacionadas ao evento estão perigosamente atrasadas, o que causa preocupação, ainda mais em meio a rumores de superfaturamento e desvio de verbas. Tá feia a coisa.



POST-SCRIPTUM:






Mas, por enquanto, vamos só curtir, porque o 'Rock in Rio' começa hoje, minha gente! Só lamento a ausência de um pouco mais de rock 'de verdade' no evento, apesar de muitas presenças memoráveis como Capital Inicial, Evanescence, Coldplay, Slipknot, Metallica, Guns & Roses, Lenny Kravitz, Elton John e Stevie Wonder, entre outros.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SEGUIDORES? NÃO, OBRIGADO!



Qual o sentido de manter um 'blog' que, a princípio, não faz a menor questão de criar um séquito de seguidores?

Simplesmente porque entendo este espaço mais como uma oportunidade de divulgar e compartilhar cultura em praticamente (quase) todas as suas vertentes (não por esnobismo ou qualquer tipo de pretensão, mas por interesse genuíno), algo como um 'site' que se pode visitar eventualmente e descobrir coisas novas e interessantes, do que como uma espécie de 'diário' onde me sentiria constantemente obrigado a emitir opiniões (geralmente inócuas) ou a tagarelar incessantemente sobre amenidades, produzindo tiradas 'engraçadinhas' (não que eu não os faça eventualmente, mas me incomoda sobremaneira ter de escrever por obrigação para atender a expectativa de terceiros).

Tudo isto me fez lembrar aquela frase popular: "Não me segue que eu não sou novela!". Mas, falando sério, dada a frequencia bissexta com que faço minhas postagens (inclusive por falta de tempo), não considero propositada uma atitude de autopromoção tão ostensiva que me leve a solicitar a uns e outros que se tornem meus 'seguidores'.




Prefiro, ao contrário, assumir uma posição meio marginal neste labirinto digital que é a internet e apostar na surpresa da descoberta não-intencional (ou mesmo induzida) por parte de navegantes curiosos que venham a tornar-se visitantes eventuais, talvez tão bissextos quanto a própria natureza deste 'blog', ou até mesmo, quem sabe, comentaristas assíduos (desde que tenham algo inteligente a declarar).

De qualquer forma esta não é minha preocupação imediata, mas sim poder exercer minha liberdade de expressão, tanto em meu próprio benefício (psicológico, principalmente) ao desabafar pela via literária minha revolta contra aquilo que considero abuso e arbrítrio, quanto em benefício (por mínimo que seja) da coletividade denunciando o descaso das autoridades com a coisa pública.





E mais: tentando promover, humildemente, a disseminação da arte, da ciência, da filosofia, da informação e do entretenimento, com bom-humor (apesar de nem sempre conseguir...).



POST-SCRIPTUM:



Por tudo isso e algo mais é que eu digo e repito: seguidores? Não, obrigado!

domingo, 4 de setembro de 2011

HQ 'SUBVERSIVA' CHEGA AO BRASIL



[THAIS.AZEVEDO@METROJORNAL.COM.BR]


Originalmente publicada em 1965, no auge da Guerra do Vietnã, a revista "Blazing Combat" chegou ao mercado dos EUA em meio a polêmicas.

Com roteiros de Archie Goodwin, a obra trazia histórias de guerra em que os protagonistas eram os combatentes. A idéia das páginas em preto-e-branco era mostrar não apenas a coragem, o sofrimento e os conflitos internos dos oficiais mas também deixar claro o quão absurdos e inúteis eram os choques armados.

No momento em que os jovens eram recrutados diariamente e a vida de milhares de famílias era alterada para sempre, o governo norte-americano logo viu um problema na linguagem da HQ. Depois de apenas quatro edições, ela foi cancelada sob as acusações de ser antiamericana e subversiva.

Lançada no Brasil pela Gal Editora (preço sugerido: R$ 42,00), "Combate Inglório" chega ao público do país em edição especial.

O livro traz desenhos de alguns dos mais importantes artistas do gênero, entre eles Wally Wood, Alex Toth e John Severin. O material extra inclui entrevistas com o roterista Archie Goodwin e com o editor James Warren, além de biografias e uma galeria com capas originais de Frank Frazetta.






POST-SCRIPTUM:


Excelente notícia para os amantes de quadrinhos de qualidade. Tanto o autor quanto os desenhistas (inclusive os não citados Al Williamson e Gene Colan) são clássicos que já fazem parte da história dos 'comics' e todos eles contribuíram com seu talento para as grandes editoras de quadrinhos americanas entre as décadas de 1950 e 1970 (alguns indo até mais além).







Interessante e paradoxal é que os EUA entraram na Guerra do Vietnã para supostamente 'defender a democracia', mas diante da 'ameaça' de uma mera revista de HQ seu governo não pensou duas vezes antes de violar o direito de expressão no próprio ambiente doméstico. Tempos sinistros aqueles, mas nem por isso menos fascinantes.