terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CARNAVAL 2013



E lá se vai mais um Carnaval. Admito que não sou fanático pela festa, mas costumo sair todo ano num bloco que reúne uma galera da minha adolescência. Além de ser uma boa desculpa pra rever muita gente boa às vezes dá até pra conhecer umas caras novas e... (deixa prá lá!).

Quanto ao desfile das Escolas de Samba, pra mim não tem mais muita graça não, parece que todo ano é sempre a mesma coisa, apesar de torcer pro Salgueiro. Aliás, foi uma das poucas que eu tive paciência de assistir pela TV, além da Unidos da Tijuca, Mangueira, Beija-Flor e São Clemente, até porque estavam entre as primeiras a desfilar no domingo e na segunda-feira.





Sem querer ser chato, vou ousar fazer algumas críticas, tanto ao desfile quanto à transmissão da TV Globo. O Salgueiro veio “arrebentando”, com muito luxo e abusando da tecnologia. Nada contra, até porque o desfile é cada vez mais para gringo ver.

Unidos da Tijuca, idem, muito bonita e cheia de truques tecnológicos. Pena que pecou num detalhe nem tão pequeno assim. A homenagem à Alemanha foi original, mas a Escola cometeu um equívoco logo na Comissão de Frente ao exaltar a mitologia germânica. Thor e Odin, apesar de terem sido reverenciados na antiga Alemanha, eram conhecidos como Donar ou Doner e Wotan ou Woden. Thor e Odin são os nomes pelos quais estas divindades eram conhecidas na Escandinávia (Dinamarca e Noruega, principalmente). Não chegou a tirar o brilho do espetáculo (legal a mágica com o martelo!), mas que foi um tremendo “vacilo” isso foi.






Mangueira e Beija-Flor: ambas como sempre dignas e belas, candidatas indiscutíveis ao título. Entretanto a Escola de Nilópolis também teve seu equívoco, e não foi pequeno. Um dos destaques foi uma fantasia muito bonita e luxuosa chamada “Dario, Rei da Babilônia”. Hein?!? Dario foi Imperador da Pérsia, gente. Tudo bem que suas conquistas também alcançaram a região entre os rios Tigre e Eufrates (atual Iraque), onde localizava-se a antiga Babilônia, mas, pelo amor de Zaratustra, essa foi imperdoável!





Outro equívoco, até engraçado, veio de um dos comentaristas da TV Globo. O tema da Beija-Flor era uma homenagem ao cavalo, animal que, desde pelo menos a última Era Glacial, tem sido um parceiro indispensável da humanidade na construção das civilizações. Acontece que uma certa alegoria focalizava a evolução do animal desde seus ancestrais mais longínquos, entre eles o "eohippus", que existiu mais ou menos entre 10 e 20 milhões de anos atrás. Era um animal pequeno em comparação com nosso cavalo, mais ou menos do tamanho de um cachorro médio atual. Durante o desfile, a certa altura, o comentarista declarou que devia ter sido mais fácil para o “homem das cavernas” caçar aqueles “cavalinhos” do que os dinossauros. Putz! Essa foi hilária! Alguém andou vendo desenhos animados demais! Entre a extinção dos últimos dinossauros e o surgimento dos primeiros hominídeos existe um intervalo de, pelo menos, 50 milhões de anos!!! Fala sério...






Quanto a São Clemente, pessoalmente detestei. Veio homenageando as novelas da TV Globo, num demonstração descarada de “puxa-saquismo” típico. Por sinal, por que só a Globo pode transmitir o desfile das Escolas de Samba? Ah é, muito dinheiro...

E pra quem não sabe o desfile agora tem patrocínio de empresas privadas. Quem não gosta de dinheiro?



POST-SCRIPTUM:



Anyway, parabéns a todas as Escolas de Samba que desfilaram no Sambódromo da Av. Marquês de Sapucaí. E que vença a melhor!