[Trecho extraído do livro 'short story: os princípios do ato analítico', de Graciela Brodsky, publicado pela Contra Capa Livraria]
Passemos a 1912. "Recordar, repetir e elaborar" é a segunda grande entrada para a questão do ato no ensino de Freud. Nesse texto, há uma mudança de perspectiva.
Freud não se contradiz, mas é importante reconhecer que ele elabora o ato de outro lugar, baseando-se no que se opõe à rememoração.
Ele introduz a famosa expressão agieren, termo traduzido em inglês por Strachey como acting out. Agieren provém do latim agere: ato, atuação, ativo, atividade, ator, atriz.
A mesma raiz abarca essas diferentes modalidades do ato. Quando Freud o trabalha em "Recordar, repetir e elaborar", não o faz como o ato interpretável, mas sim como o ato que se opõe à rememoração que desenbocaria na interpretação.
Em outros termos, situa no ato algo contrário à lógica do inconsciente, uma vez que o inconsciente tem uma maneira de repetir-se e o ato, outra. Lacan aborda essas duas formas de repetição em O Seminário, livro 11, ao estabelecer a diferença entre tykhé e automaton.
Essas são, portanto, as duas grandes perspectivas de Freud sobre o ato: na condição de interpretável, remete a "A psicopatologia da vida cotidiana"; como o que se opõe ao inconsciente, a "Recordar, repetir e elaborar".
POST-SCRIPTUM:
Continua...
Essas são, portanto, as duas grandes perspectivas de Freud sobre o ato: na condição de interpretável, remete a "A psicopatologia da vida cotidiana"; como o que se opõe ao inconsciente, a "Recordar, repetir e elaborar".
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