[Editado de uma reportagem de Daniel Biasetto e Júlia Amin publicada no jornal O GLOBO]
A sétima edição da Marcha da Maconha, no Rio, em 10 de maio terá uma ala especial destinada aos pais de crianças que fazem uso de medicamentos a base de Canabidiol no tratamento contra a epilepsia, e reivindicam a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar e administrar a substância na luta contra crises convulsivas sofridas por seus filhos.
A ideia ganhou força após decisão de caráter liminar da Justiça Federal em Brasília determinar que a Anvisa entregue o medicamento à família de uma criança de 4 anos que sofre do distúrbio neurológico e teve redução significativa de crises convulsivas ao adotar o uso do remédio indicado por um médico.
Presença confirmada na marcha, a advogada Margarete Brito foi a primeira pessoa no Brasil a entrar em contato com a empresa que fornece o medicamento nos Estados Unidos para importá-lo. Mãe de Sofia, de 5 anos e que sofre da síndrome rara denominada CDKL5, cuja principal manifestação são crises convulsivas diárias, ela lidera um grupo de mães para criar uma associação.
Além das dificuldades de importação do remédio, as mães afirmam que a falta de conhecimento dos médicos sobre o Canabidiol é o principal motivo de dúvida na decisão de iniciar o tratamento.
Após muita pesquisas na internet, e descrente dos efeitos dos medicamentos permitidos no país, Margarete resolveu, em outubro de 2013, importar o Canabidiol como última tentativa de curar a sua filha. Ela diz que não teve medo das consequências legais com a importação clandestina do CBD.
Sofia foi tratada durante um mês e teve suas crises reduzidas em 50%.
POST-SCRIPTUM:
Vamos fumar a hipocrisia no dia 10 de maio na Marcha da Maconha do Rio de Janeiro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário