Salve, salve, minha gente, estamos aí de novo depois de uma longa ausência.
Alguém poderia pensar que eu estava deprimido com a possibilidade de o mundo acabar mesmo e que resolví abandonar tudo para aproveitar e 'curtir' a vida, fazendo as coisas que sempre tive vontade de fazer mas não tinha coragem (aliás, aquele seriado da TV Globo, "COMO APROVEITAR O FIM DO MUNDO", foi realmente muito legal e engraçado, não?). Ou então para me preparar espiritualmente para encarar o derradeiro final de tudo. Nada a ver...
Se bem que lá no fundo (no bom sentido, é claro), talvez eu desejasse inconscientemente que o mundo fosse mesmo para o beleléu; tá feia a coisa! Mas sempre resta uma esperança...
Na verdade eu precisei me ausentar por motivos puramente pessoais que nem valem a pena mencionar; voltemos, portanto, ao 'fim do mundo'. Esse papo, pra quem não sabe, é antigo. Não me recordo agora quem foi que disse que quando isso acontecer não será com um 'BANG!' e sim com um gemido. De dor e lentamente, com certeza. Mas a sensação é de que essa decadência já começou há muito tempo (aliás, desde o começo do Universo: a entropia é um processo irreverssível, sabiam?). Mas a vida não se dá por vencida e novas estrelas continuam nascendo, assim como novos bebês e novos modelos de carros. É como já dizia o menestrel Belchior na canção "Como Nossos Pais": o novo sempre vem (apesar das inevitáveis resistências).
Este suposto 'fim do mundo' que ocorreria em 21 de dezembro de 2012, na minha opinião, não passou de um malentendido devido à interpretação equivocada (inocente ou proposital?) da mídia em geral com relação ao calendário maia.
Não podemos saber com certeza o motivo das tais inscrições em pedra baseadas na observação precisa dos astros (os maias eram exímios astrônomos, mesmo sem possuir telescópios) terminarem abruptamente naquela data fatídica. Pode até ser que arqueólogos encontrem outros calendários de pedra contendo a continuação das previsões astronômicas a partir daí. Ou não.
Mas isso nem é tão importante assim se você pode acreditar que este 'fim do mundo' não é necessariamente o fim no sentido literal. Na verdade pode ser o início de um novo 'começo', aquela tal Era de Aquário que o Zodíaco determina sem muita precisão em torno de nosso novo século (pra quem acredita em horóscopo) e que é tão cara aos esotéricos de plantão e que vem sendo proclamada desde os anos 1960 do século passado por 'hippies', místicos e similares (não me pergunte se a Lua está na sétima casa ou se Júpiter está alinhado com Marte) com ansiosa antecipação e principalmente bastante fé.
Quem sabe? Pode ser que realmente estejamos entrando numa Nova Era de paz e harmonia. Sou meio cético quanto a isso; entretanto me identifico com Caetano Veloso quando este se diz pessimista a curto prazo mas otimista a longo prazo. Admito que é um 'salto de fé' digno de uma Olimpíada, mas não é esse tipo de coisa que faz as pessoas acreditarem que o sol vai nascer amanhã e que o dia de hoje será melhor do que o de ontem? Pois é.
Então é isso aí: aproveitando a oportunidade concedida pelo Ano Novo que se avizinha vamos torcer para que o 'fim' seja mais um 'começo' e que tudo será melhor daqui pra frente (ainda que com um pé atrás...).
Pois que venha portanto a tão badalada Nova Era, com suas promessas de encanto e felicidade. Amém!
POST SCRIPTUM:
Falando com toda a seriedade (a maioria das pessoas leva esses assuntos na brincadeira, as vezes eu mesmo), nossa cultura ocidental tem o costume de ridicularizar ou diminuir todo tipo de informação derivada de civilizações mais antigas, com base no pensamento "científico" e/ou "racional" predominante em nossa era atual, esquecendo que tudo é uma questão de "modos" de linguagem que remetem a visões de mundo diferentes e nem sempre compatíveis.
Além do mais, "fim do mundo" não precisa necessariamente ser interpretado literalmente: as "coisas" e pessoas podem continuar todas por aí e, ainda assim, um certo tipo de "mundo" acabar por completo. Ah, e não nos esqueçamos que diversos povos da antiguidade eram excelentes astrônomos, ainda que esta atividade estivesse ligada principalmente à atividades religiosas, mas nem por isso estariam incorretas do ponto de vista científico moderno.
Mais respeito e um entendimento filosófico mais aprofundado com relação a outros povos e culturas é uma das maiores carências de nossa civilização atual (sem falar em solidariedade, honestidade, coerência, etc, etc, etc; mas isso já é outro assunto. Ou não?).
Mas não fiquem tristes se tudo isso não passar de mais uma jogada de 'marketing' da mídia e dos 'podres poderes' que nos oprimem nas sombras ou mesmo em plena luz do dia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário