A análise de uma amostra
de rocha pelo robô Curiosity encontrou evidências de que Marte pode ter sido
ambiente propício para a vida microbiana em eras passadas, afirmou a agência
espacial americana (Nasa). Cientistas descobriram nitrogênio,
hidrogênio, oxigênio, fósforo, carbono e enxofre, alguns dos elementos
essenciais para a presença da vida, em uma amostra de rocha sedimentar coletada
e triturada.
Segundo a equação de Drake, as chances de existir vida fora da Terra são de 50%. Muitos ficam com a metade que não autoriza esta possibilidade e consideram perda de tempo e recursos as pesquisas nesse campo.
Entretanto, determinar percentuais nessa área é algo bem arriscado. Por exemplo, se você considerar as variações daquela mesma equação os resultados podem ser tanto entusiásticos quanto decepcionantes.
De qualquer forma, uma experiência de "contato imediato" com vida inteligente fora da Terra ou mesmo a descoberta de vida primitiva (bactérias, por exemplo) transformaria profundamente nosso modo de ver o mundo, talvez alterando imprevisivelmente nossa civilização ou, pelo menos, nos dando uma nova perspectiva com relação às pesquisas biológicas, entre outras consequências (filosóficas, científicas ou religiosas) que tal acontecimento porventura poderia desencadear.
E só isso (é pouco?) já é o bastante para se considerar o assunto importante e digno de pesquisas.
Sou dos que torcem pelos 50% a favor da existência de vida extraterrestre (seja de que tipo for) e que apoiam tanto a discussão quanto a pesquisa científica sobre o tema, desde que com a devida seriedade e, por favor, sem superficialidades ou proposições absurdas (exceção feita ao cinema, à literatura e aos 'comics').
Opa, acho que me expressei mal: nem sempre os filmes e livros de ficção científica (ou mesmo alguns gibis) são superficiais ou absurdos. Já houve diversos casos em que o assunto foi tratado com seriedade nestas mídias. O que eu quis dizer é que o artista pode 'viajar na maionese' sem se preocupar tanto com detalhes de ordem técnica ou científica.
"Nictu Klaatu Barada!", como diria o alienígena do filme 'O Dia Em Que A Terra Parou' (o original, bem entendido, de 1951), dirigido por Robert Wise.