domingo, 13 de abril de 2014

O LIVRO NEGRO DO CAPITALISMO




[Editado a partir de um texto da autoria de EMIR SADER]



Em tempos de regressão conservadora como os atuais, a "baderna" voltou ao vocabulário cotidiano, não pela voz dos militares - que, depois de cumprir seu papel de "restabelecimento da ordem e da disciplina", deixaram a função na mão de civis - mas de órgãos da grande imprensa e de ex-comunistas, em guerra contra os pobres.

Bradar pela ordem é um dos mecanismos básicos da direita - aquela que privilegia a ordem em detrimento da justiça, segundo Norberto Bobbio - e portanto a "baderna" é parte integrante do vocabulário da direita. Faz parte do mecanismo de buscar bodes expiatórios para o fracasso de sua civilização, vitoriosa na virada do século.

Se a esquerda assume o que foi a URSS como proposta fracassada de sociedade socialista, assume e tira consequências, a direita se esquiva dos monstros que criou.


Afinal de contas, as duas guerras mundiais foram guerras interimperialistas e, portanto, seus milhões de mortos, pertencem, com justiça, ao Livro Negro do Capitalismo, porque foram uma expressão da feroz disputa de mercados entre as potências capitalistas. Assim como o nazismo, o fascismo, o franquismo, o salazarismo foram expressões exacerbadas de sociedades capitalistas.

Ou foram o que?


POST-SCRIPTUM:

Esta postagem é em "homenagem" ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que renunciou ao cargo e que já vai tarde.

E que não volte tão cedo!






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