terça-feira, 10 de agosto de 2010

AS ORIGENS DA MARVEL COMICS: UM RESUMO HISTÓRICO



























Local: cidade de Nova York, Estados Unidos da América. Ano: 1939. A indústria das histórias-em-quadrinhos era ainda relativamente jovem quando Martin Goodman, um experiente empresário do ramo das publicações conhecidas como ‘pulp magazines’ (revistas baratas fabricadas com papel de baixa qualidade, especializadas em contos de ficção-científica, detetives, ‘westerns’ e aventuras em geral), decidiu pegar carona no sucesso de vendas que se tornara a novidade das revistinhas coloridas de periodicidade regular (os ‘comic books’), que a um baixo custo de produção e por um preço bastante convidativo – 10 centavos de dólar –, ofereciam texto e desenhos produzidos especialmente para as mesmas, e não republicações de tiras de jornal dominicais, como no início. Goodman investiu pela primeira vez na empreitada com a revista Marvel Comics, através de sua nova editora, batizada como Timely Comics, e esta publicação inaugural provaria, futuramente, ser a semente de um verdadeiro império.









Durante estes dias iniciais, o time de escritores e desenhistas da Timely incluía nomes que viriam, eventualmente, a se tornar lendários: Joe Simon, Jack Kirby, Bill Everett e Carl Burgos, além de um jovem editor-assistente chamado Stan Lee. Eles e seus parceiros criaram, na época, alguns dos mais bizarros e insanos personagens imagináveis: The Human Torch (o Tocha Humana original), um andróide – o primeiro 'homem sintético' dos quadrinhos – que podia se inflamar sem ser consumido por suas próprias chamas; Namor the Sub-Mariner (o Príncipe Submarino), um mutante anfíbio, dotado de força sobre-humana, pele à prova de balas, e que podia voar graças a 'asinhas' nos pés (!!!); The Whizzer (conhecido no Brasil como Corisco), um super-velocista que recebeu seus poderes através da transfusão de sangue de um pequeno mamífero, o mangusto (!?), depois de ser picado por uma cobra venenosa (!?!?); The Vision (o Visão original), um ser de outra dimensão que surgia e desaparecia, literalmente, numa nuvem de fumaça; e muitos outros, como Citizen V, The Destroyer, Blue Diamond, Thin Man, Jack Frost, The Patriot, Miss America, Black Marvel, etc. Porém, sem sombra de dúvida, o mais bem-sucedido entre todos eles, tanto em termos de vendas quanto em popularidade, era o patriótico Captain America (Capitão América) – criado em 1941 pela dupla Simon & Kirby – que desafiava as convenções ao ser o primeiro super-herói a enfrentar ostensivamente Hitler e suas hordas nazistas, meses antes dos Estados Unidos se engajarem ativamente no conflito que ficou conhecido como Segunda Guerra Mundial.










A partir de então, quase que como uma exigência, as forças do Eixo se tornaram o principal adversário dos personagens da predecessora da Marvel por quase meia década, um inimigo praticamente 'pedindo' para ser combatido, convenientemente real e odiado por milhares de leitores fiéis, todos ávidos pelas façanhas fantásticas de heróis que lutavam do lado certo numa justa batalha contra a tirania e pela liberdade. Entretanto, com o inevitável fim da guerra desaparecia um poderoso foco catalisador da atenção das massas, o que levou a que, eventualmente, a Timely perdesse muito de seu ímpeto inicial, assim como aconteceu com a maioria das editoras de quadrinhos na época. Por volta da década de cinqüenta a popularidade dos gibis de super-heróis havia decrescido consideravelmente – com raras exceções como Superman e Batman da DC Comics (cujo nome oficial era National Periodical Publications) e o Capitão Marvel original (que, apesar do nome, nada tinha a ver com a futura Marvel Comics) da editora Fawcett Publishing – o que levou a indústria norte-americana de quadrinhos a experimentar outros gêneros com renovado vigor: ‘western’, guerra, romance, humor, terror, todos voltaram a se tornar tema para novas estórias em novas revistas.








Da enorme variedade de heróis publicados pela Timely originalmente nos anos quarenta, apenas alguns poucos sobreviveram à crise daqueles tempos, liderados pelo Capitão América (que se tornara um ‘caçador de comunistas’), o Tocha Humana e o Príncipe Submarino. Por volta da metade dos anos cinqüenta juntaram-se a este grupo seleto personagens como o Cavaleiro Negro original (The Black Knight), magnificamente ilustrado por Joe Maneely, e o Garra Amarela (Yellow Claw), uma imitação do clássico vilão chinês dos 'pulps' Fu Manchu, combatido por um destemido agente do FBI, o detetive sino-americano Jimmy Woo.








As novas histórias de terror publicadas então – principalmente pela legendária EC Comics, que viriam a se tornar clássicos do gênero – geraram grande polêmica, levando muitos a considerar os ‘comic books’ como "ofensivos à moral e aos bons costumes" vigentes à época. Entre estes estava o psiquiatra Fredric Wertham, autor de um livro intitulado “Sedução do Inocente”, onde acusava as histórias-em-quadrinhos de ser o principal fator de corrupção da juventude americana. Em 1954, um comitê do Senado encarregado de avaliar possíveis causas para a delinqüência juvenil passou a investigar o conteúdo das estórias, o que levou os próprios empresários da indústria de quadrinhos, numa iniciativa que visava evitar um eventual e provável controle externo de suas atividades, à criação do famigerado ‘Comics Code Authority’, responsável pela censura auto-imposta tanto do texto quanto dos desenhos publicados e considerado um dos mais restritivos códigos de proibições que já existiu direcionado a um meio de comunicação. A eficiente campanha de difamação e os fatos dela decorrentes foram duros golpes no desenvolvimento tanto criativo quanto comercial da jovem e promissora indústria (antes de o CCA ser implantado, aproximadamente um bilhão de gibis era vendido anualmente).








Este clima político de "caça às bruxas" levou a Timely/Marvel – agora conhecida como Atlas Comics – a criar sua própria e original abordagem para o tema, sob a direção editorial de Stan Lee. Em meio às estórias mais convencionais de vampiros e mortos-vivos, uma nova estirpe de monstros fantásticos e com nomes esquisitos – Fin Fang Foom, Groot e Xemnu, entre outros – começava a surgir nos primeiros anos da década de sessenta. Publicados em títulos como Tales of Suspense, Strange Tales, Journey Into Mystery e Amazing Adult Fantasy estas estórias eram escritas por Lee e desenhadas por Jack Kirby, Steve Ditko, Don Heck, Gene Colan, John Romita Sr. e John Severin. Os monstros extravagantes, de uma forma indireta e inesperada, conduziram ao que viria a ser conhecido como ‘A Era Marvel’ das histórias-em-quadrinhos. Algumas daquelas idéias tornaram-se o protótipo para um novo e incomum tipo de herói. Por exemplo, a estória “O Homem no Formigueiro” (The Man in the Ant Hill), publicada em Strange Tales, número 73, de fevereiro de 1960, levou à criação do Homem-Formiga (The Ant-Man), enquanto o monstro-vilão que eventualmente viria a ser conhecido como Xemnu the Titan apareceu originalmente com o nome de 'Hulk' em Journey Into Mystery, número 62, de novembro de 1960.








Impressionados com o sucesso de vendas da rival DC com a estreante Liga da Justiça, (bem como com as novas versões de personagens veteranos como Flash e Lanterna Verde), Stan Lee, Jack Kirby e companhia, agora oficialmente sob a alcunha de Marvel Comics Group, canalizaram seus talentos num esforço de colaboração para o desenvolvimento de uma geração inteiramente nova de super-heróis, dando origem a personagens hoje clássicos como Fantastic Four (Quarteto Fantástico), The Incredible Hulk (o Incrível Hulk), The Amazing Spider-Man (Homem-Aranha), The Mighty Thor (o Poderoso Thor), Doctor Strange (Dr. Estranho), The Invincible Iron Man (Homem de Ferro), The Avengers (Os Vingadores), Daredevil (Demolidor), Captain Marvel (o novo Capitão Marvel) e The Uncanny X-Men (os X-Men originais), além de resgatar dois ícones já tradicionais da editora, Capitão América e Namor, o Príncipe Submarino. Tais criações da Marvel iriam mais uma vez quebrar o molde estabelecido do super-herói infalível, apresentando qualidades e fraquezas tipicamente humanas e tendo que lidar com problemas triviais de qualquer pessoa comum, como pagar o aluguel ou pegar um resfriado, e mesmo com questões mais relevantes, como lidar com a intolerância e o preconceito, conquistando, assim, uma legião de fãs entusiasmados. Os assim chamados ‘comics’, considerados tradicionalmente como leitura inconseqüente, tornaram-se, inesperadamente, dignos do respeito de intelectuais e da atenção da mídia e os quadrinhos da Marvel viraram um fenômeno universitário. Celebridades como o escritor Tom Wolf e o cineasta Frederico Fellini podiam ser flagrados em visita à redação da Marvel, enquanto que os próprios Lee & Kirby apareciam, vez por outra, num divertido exercício de meta-linguagem, nas páginas dos próprios gibis.







Se no início dos anos sessenta a DC ainda se mantinha como a principal editora de quadrinhos, pelo final da década a honra havia passado indiscutivelmente para a Marvel. Novos e inusitados personagens iam surgindo em seus próprios títulos, alguns dos quais inaugurando tendências como nas aventuras de 'espada-e-magia' de Conan the Barbarian (Conan, o Bárbaro), cortesia de Roy Thomas e Barry Windsor-Smith, ou reinventando gêneros como o terror em Tomb of Dracula (Tumba de Drácula), desenvolvido por Marv Wolfman e Gene Colan. A característica inovadora da House of Ideas (ou ‘Casa das Idéias’, como era apelidada por Stan Lee) teve ainda o mérito de atrair novos talentos criativos, destacando-se nomes como os de Jim Steranko, Neal Adams, Jim Starlin, Walter Simonson e John Buscema na arte, bem como os de Steve Englehart, Bill Mantlo, os irmãos Mike e Gary Friedrich, Steve Gerber e Doug Moench nos roteiros, entre outros. Em 1972 Stan Lee deixou o cargo de Editor-Chefe da Marvel Comics tendo tido vários sucessores: Roy Thomas, Len Wein, Marv Wolfman, Gerry Conway e Archie Goodwin. Este foi o início de uma época de grande efervescência criativa na editora, que chegou a anunciar nas capas de suas revistas a ‘Fase 2 da Era Marvel’, o que não parecia exagero. Estrearam na época, por exemplo: Luke Cage, Hero For Hire (Luke Cage, o Herói de Aluguel); Iron Fist (Punho de Ferro); Nova the Human Rocket (Nova, o Foguete Humano); Spider-Woman (Mulher-Aranha); Ghost Rider (Motoqueiro Fantasma); Moon Knight (Cavaleiro da Lua); Master of Kung Fu (Mestre do Kung Fu); Man-Thing (Homem-Coisa); Howard the Duck (Howard, o Pato); e The Punisher (o Justiceiro).







O Homem-Aranha, o mais popular dos personagens criados por Stan Lee & Cia., continuava a ser o carro-chefe da editora, mas em 1975, um fenômeno inesperado surgiu em cena. Os X-Men, um conceito que havia até então gozado de limitado sucesso, foi dramaticamente reformulado a fim de retratar uma nova equipe de heróis, composta por um mix étnico e ideológico totalmente inédito. Concebido por Len Wein e Dave Cockrum, o título foi assumido pelo novato escritor Chris Claremont (e, pouco depois, pelo desenhista John Byrne), crescendo gradativamente até tornar-se um dos mais poderosos marcos criativos já vistos nos quadrinhos ‘mainstream’ até os dias de hoje.







Por volta desta época a Marvel tornou-se pioneira no licenciamento de outras mídias para a produção de versões sob a forma de histórias-em-quadrinhos, tendo publicado ao longo dos anos gibis estrelados pelas franquias cinematográficas Star Wars (Guerra nas Estrelas), Star Trek (Jornada nas Estrelas), Godzilla, Indiana Jones e Robocop, por exemplo, bem como por personagens originalmente concebidos como brinquedos, entre os quais Rom the Spaceknight (Rom, o Cavaleiro do Espaço), Micronauts (Micronautas), G.I. Joe, Transformers e Shogun Warriors.







Com a chegada dos anos 80 o sucesso indiscutível de X-Men levou à criação de séries derivativas relacionadas ao universo mutante como The New Mutants (Os Novos Mutantes), X-Factor, Wolverine e Excalibur, com diferentes graus de êxito. Novas linhas de produtos foram experimentadas e eventualmente abandonadas como, por exemplo, os selos: Epic Comics, que visava um público mais adulto e sofisticado; Star Comics, orientado ao público infantil; New Universe, cujo objetivo era criar uma franquia nos moldes do Universo Marvel tradicional, mas com uma abordagem supostamente mais realística; e 2099, que apresentava versões futurísticas dos personagens mais populares da ‘Casa das Idéias’, como Homem-Aranha, X-Men e Hulk, entre outros. Em 1984, a Marvel Comics lançou aquela que seria a publicação de quadrinhos mais vendida até então: Secret Wars (Guerras Secretas), uma mini-série em 12 capítulos apresentando o primeiro grande ‘crossover’ entre seus principais personagens, por iniciativa de seu Editor-Chefe, Jim Shooter, um veterano que começara sua carreira aos 14 anos nos gibis da DC Comics nos anos 60, autor do roteiro, com arte de Mike Zeck e Bob Layton. O que originalmente deveria apenas ter sido um expediente editorial para alavancar as vendas de uma nova linha de bonecos articulados lançados por uma fábrica de brinquedos foi um estrondoso sucesso que redefiniu o formato dos ‘comics’. A partir daí, eventos monumentais envolvendo todo um universo ficcional de personagens, publicados em séries fechadas e com ramificações por toda a linha editorial, passaria a ser lugar-comum entre as editoras ‘mainstream’ de quadrinhos.







A saída de Jim Shooter da empresa – o qual, apesar de ser considerado por seus colegas na época como uma figura autoritária e controversa, desbravou novas fronteiras criativas e manteve a editora em sua posição de líder do mercado – abriu caminho para que a vaga fosse preenchida por Tom DeFalco e, no início dos anos 90, a Marvel Comics ia "de vento em popa" com o lançamento de um novo título do escalador-de-paredes, Spider-Man, escrito e desenhado por Tod McFarlane (que vendeu mais de um milhão de cópias em seu primeiro número), bem como de dois novos títulos mutantes, X-Men, da dupla Chris Claremont & Jim Lee, e X-Force, por Fabian Nicienza & Rob Liefeld, todos eles grandes sucessos comerciais. A Marvel Comics tornou-se Marvel Entertainment Group e dispersou seus investimentos em novos negócios com a compra de empresas de outros ramos, como a fabricante de brinquedos Toy Biz, por exemplo, e a fundação da Marvel Studios, uma iniciativa que eventualmente geraria frutos extremamente lucrativos, permitindo a realização de um sonho por muito tempo considerado impossível, ou seja, o desenvolvimento de grandes produções cinematográficas estreladas por seus personagens. Entretanto a concretização deste projeto ainda demoraria muitos anos e nesse meio tempo a Marvel iria enfrentar dificuldades financeiras decorrentes de uma administração desastrosa e que a deixariam à beira de um processo de falência, contratempo que eventualmente superou graças ao potencial indiscutível de sua linha editorial, reestabelecendo-se como uma robusta empresa do ramo de entretenimento.







Em 1995 Bob Harras assumiu a responsabilidade de Editor-Chefe e durante seu mandato a Marvel se associou à DC para a publicação de uma minissérie com confrontos entre seus personagens, onde os resultados das lutas eram decididos pelos leitores através de votação. Foi ele também o responsável pelo controverso evento conhecido como Heroes Reborn (‘Heróis Renascem’) em 1996, quando dois prodígios em vendas da época, os artistas Rob Liefeld e Jim Lee, receberam total controle criativo sobre todos os aspectos de quatro dos mais populares títulos da Marvel durante um período de doze meses: Vingadores, Capitão América, Quarteto Fantástico e Homem de Ferro. A experiência não foi o que se poderia considerar um sucesso retumbante, mas uma das características da Marvel Comics foi a de sempre procurar implantar uma estrutura não-convencional e em constante evolução, onde idéias revolucionárias possam ser testadas sem medo de errar, com o objetivo de criar continuamente novos conceitos, por mais bizarros ou explosivos que pareçam, na mesma tradição que vem impulsionando a editora desde que Stan Lee e Jack Kirby inauguraram a Era Marvel no início dos anos 60. 








A sabedoria de tal política pode ser atestada nos dias de hoje sob a administração de Joe Quesada como Editor-Chefe quando, mais do que em qualquer outra época, a Marvel é a líder inconteste do mercado de quadrinhos nos EUA e no mundo, com a publicação de sagas de grande sucesso, tanto comercial quanto de crítica, envolvendo conceitos que questionam os próprios fundamentos de seu universo super-heróico, como Civil War (Guerra Civil), onde um ‘Registro de Super-Humanos’ proposto pelo governo coloca antigos aliados em posições antagônicas; Secret Invasion (Invasão Secreta), onde alienígenas transmorfos tomam secretamente o lugar de vários personagens, criando um clima de intensa paranóia à la "Invasores de Corpos" (Invasion of the Body Snatchers), filme cult de ficção-científica dos anos 60; e Dark Realm (Reinado Sombrio), onde um tradicional ‘super-vilão’, supostamente regenerado, assume o controle sobre o principal órgão de segurança norte-americano, invertendo definitivamente os papéis convencionais entre ‘mocinhos’ e ‘bandidos’, numa nem tão sutil alusão à realidade política estadunidense.







Tendo recentemente se tornado uma subdisiária do conglomerado Walt Disney, a Marvel Comics goza atualmente de uma posição privilegiada no mundo dos quadrinhos, em grande parte em decorrência do sucesso de suas franquias cinematográficas mas, principalmente, devido a qualidade de suas publicações, com seus títulos ocupando frequentemente a maioria das posições no ‘ranking’ dos mais vendidos nos EUA e seus principais personagens estabelecidos como ícones populares ao redor do mundo.









Agora a Marvel Studios prepara-se para conquistar definitivamente o inconsciente coletivo das massas com uma sequência de filmes estrelados por seus personagens mais icônicos tanto individualmente quanto em grupo (Iron Man, Hulk, Captain America, Thor, The Avengers), enquanto que a rival DC ataca de Batman (de novo) e Green Lantern (Lanterna Verde), com talvez Superman (de novo) para breve.









Com tanta grana entrando, agora então com a Disney no negócio, espera-se que a Marvel seja razoável no reconhecimento de parte dos direitos de criação de seus principais personagens ao espólio de Jack Kirby e mais flexível nas negociações com os criadores do Universo Malibu, como parece ter acontecido na aquisição do Universo CrossGen.








POST-SCRIPTUM:


Pode parecer otimismo exagerado (e provavelmente, é) esperar um maior reconhecimente, no futuro, sob a forma de 'royalties', aos criadores de 'comics' aposentados e das famílias daqueles já falecidos, tanto pela Marvel quanto pela DC. Independente disso esse pessoal tem se unido e lutado por seus direitos nos tribunais há um bom tempo, conquistando em diversos casos, ultimamente, acordos de co-propriedade.


DESTROYER DUCK LIVES! 
JACK KIRBY RULES! 










Fontes de consulta e pesquisa:


- 'THE OVERSTREET COMIC BOOK PRICE GUIDE', de Robert M. Overstreet e Gary M. Carter (Gemstone Publishing)



- NOSSOS DEUSES SÃO SUPER-HERÓIS ('OUR GODS WEAR SPANDEX'), de Christopher Knowles e J. M. Linsner (Editora Cultrix)


- 'ALTER EGO', periódico sobre a história das HQ e de seus criadores, editada por Roy Thomas (TwoMorrows Publishing)