segunda-feira, 19 de abril de 2010

MORTE LENTA





































A humanidade consome a cada ano, de forma irresponsável, uma porcentagem cada vez maior dos recursos naturais do planeta e emite uma quantidade também crescente de dejetos e gases que contribuem para pôr em risco os ecossistemas de que todos nós dependemos.

Apesar da importância do problema, a grande maioria dos países está mais interessada na manutenção dos seus privilégios do que na preservação da Terra para as gerações futuras.

Ironicamente, três quartos da população terrestre permanecem à margem dos benefícios duvidosos oriundos dessa voracidade insustentável. Porém, o ritmo de crescimento econômico de países emergentes como a China, a Índia e o Brasil, por exemplo, demonstra nitidamente que a raça humana está enveredando por um caminho, talvez sem volta, que nos levará eventualmente a uma taxa de consumo sem precedentes e para muito além dos atuais excessos.

É urgente a necessidade de mudança de rumo, ou as riquezas naturais de nosso planeta - nossa fauna e nossa flora, nossos rios e nossos mares, nosso ar e nosso solo - certamente terão, e muito antes do que se possa imaginar, o mesmo destino irreversível previsto para os combustíveis fósseis: a extinção, seja por esgotamento ou por envenenamento. E não nos iludamos pensando que, tendo transformado a Terra numa bola de lama envolta numa atmosfera de gás tóxico, desprovida das mínimas condições para sustentar a vida, nossa espécie poderá sobreviver por muito mais tempo depois. 

Pelo menos não neste planeta...



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